12 dezembro 2024

A Insubordinação mais Bela – Short Comic / BD Curta

Published last April in the anthology April, Carnation Showers, my short comic “The Most Beautiful Insubordination” has been nominated for Best Short Comic in the portuguese 6th Bandas Desenhadas Awards.

This story is dedicated and was inspired by one of Portugal’s most renowned artists,
João Abel Manta, who put a career in Painting on hold so that he could fight the portuguese dictatorship through a quiet – but fiercely effective – oposition with political cartoons. Manta’s protests land him in jail for a time, which later drove him to fight smart and point out the misdeeds of the tyranical goverment under the cover of free speech and subterfuge.
A master at his craft, Manta also developed a stylized artwork that would come to inspire many of Portugal’s next generation of artists. Today, João Abel Manta stands among the most regarded portuguese artists of the 20th century, both for his artistic acchievements and for his personal struggles against a corrupt and cruel regime.

For this comic, I had a very limited space to cover lots of events and to create an arching narrative that, essentially, would cover the protagonist’s youth and old age. Hopefully, I acchieved a balanced pace, underlining the most dramatic moments with suficient visual impact. João Abel Manta’s life would make for a thrilling graphic novel, therefore a quick 4 page story was always going to leave much unsaid and unsufficiently enphasized.
In regards to my graphic approach, given that Manta’s a man of the Arts and comes from a time when every work was crafted manually, I wanted to evoque that grittiness of charcoal pencils and textured paper. If also worked well towards bridging the 70s, a time that is most remembered with black/white photos and newsreels.

Publicada no passado Abril na antologia Abril, Cravos Mil, a minha curta BD “A Mais Bela Insubordinação” foi nomeada para Melhor BD Curta nos 6º Prémios Bandas Desenhadas.

Esta história é dedicada e inspirada por um dos mais conceituados artistas portugueses, João Abel Manta, que suspendeu a sua carreira na Pintura para poder combater a ditadura portuguesa através de uma oposição calada – mas ferozmente eficaz – com cartoons políticos. Os protestos de Manta levaram-no à prisão durante algum tempo, o que mais tarde o levou a combater de forma inteligente e a apontar os delitos do governo tirânico sob a protecção da liberdade de expressão e de subterfúgios.
Mestre no seu ofício, Manta desenvolveu também um desenho estilizado que viria a inspirar muitos dos artistas da geração seguinte em Portugal. Hoje, João Abel Manta está entre os mais conceituados artistas portugueses do século XX, quer pelo seu percurso artístico, quer pelas suas lutas pessoais contra um regime corrupto e cruel.

Para esta BD, tive um espaço muito limitado para cobrir muitos acontecimentos e criar uma narrativa englobante que, essencialmente, abrangesse a juventude e a velhice do protagonista. Espero ter conseguido um ritmo bem equilibrado, sublinhando os momentos mais dramáticos com suficiente impacto visual. A vida de João Abel Manta daria um romance gráfico emocionante, pelo que uma história rápida de 4 páginas deixaria sempre muito por dizer e com insuficientemente ênfase.
No que diz respeito à abordagem gráfica, dado que o Manta é um homem das Artes e vem de uma época em que todos os trabalhos eram feitos manualmente, quis evocar a intensidade dos lápis de carvão e do papel texturado. Também funcionou bem para fazer a ligação aos anos 70, época que é mais recordada por fotos e telejornais a preto/branco.



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