O Troféus Central Comics – a mais antiga
iniciativa privada do género em Portugal, promovida pelo Central Comics –
regressa com a 11ª edição. Este prémio elege as melhores obras e autores
de BD e Cartoon do ano transacto, sendo os vencedores definidos pela preferência do público leitor e profissionais da área, após selecção por júri
composto por profissionais do sector, que nomeia os candidatos às 9 categorias:
Melhor Publicação Nacional, Estrangeira, Clássica,
Humor, Independente, Técnica, Melhor Arte e
Argumento, e Melhor Obra Curta. Fora do excrutinio pelo
público, é ainda atribuído o Troféu do Júri a uma personalidade marcante
da área.
A votação não requer registo e é aberto ao grande
público, que pode votar com os seus favoritos entre 22 Junho e 11 Julho,
no boletim acessível no portal, sendo os vencedores revelados a 14 Julho,
no evento Central Comics-Con, no Hard Club do Porto.
Sintetizando os candidatos ao XI Troféus Central Comics,
foram nomeados os livros Diário Rasgado e o autor Marco Mendes, Han
Solo e o autor Rui Lacas, O Baile e os autores Nuno Duarte
e Joana Afonso, Sobrevida e o autor Carlos Pinheiro, mais
a mega-antologia Mesinha de Cacebeira vol23 – Inverno, que marca o 20º
aniversário desta série, donde é igualmente eleita a BD “Framed Winter”
e o seu autor, João Fazenda. Foram ainda eleitos os autores António
Gomes de Almeida e Zé Burnay, e as edições O País dos
Cágados e Doom Mountain, respectivamente.
Outras obras nacionais constam nos finalistas: os
álbuns Amor, de Pepedelrey; Autobiografia sem Factos, de Tó
Pedro; Há Piores! 2, de Geral e Derradé; Magical Otaku #1, de
Rudolfo; Sangue Violeta e outros contos, de Fernando Relvas; Bem dita Crise!, pela Documenta; Efeméride #5, por
Geraldes Lino; e Zona Desenha, pela Associação Tentáculo. Destaque ainda às BDs “O
Desenho e Eu”, de Jorge Coelho, “Sem título”, de Filipe Abranches, “Sem
título”, de João Chambel, e “Tao”, de Bruno Bispo e Victor Freudt.
Ainda em publicações
nacionais, os seguintes livros técnicos
foram nomeados: o catálogo 23º Amadora BD – Autobiografia, BDjornal
#29, O Jogo da Glória – O Século XX malvisto pelo Desenho de Humor,
e compilação do World Press Cartoon 2012; e vários álbuns humoristicos: Mutts 5 – Os nossos Mutts, O Mundo de Garfield, e Pequenos Prazeres 1.
Por último,
relativamente a publicações estrangeiras, surgem a votos algumas das melhores
novidades e obras clássicas, tais como Comprimidos Azuis, de Freedrik Peeters, Demolidor:
Renascido, de Frank Miller e David Mazzucchelli, Fun Home: Uma Tragicomédia Familiar, de Alison Bechdel, Persépolis, de Marjane Satrapi, Portugal, de Cyrill Pedrosa, Spirou – QRN sobre Bretzelburgo, de
Franquin, Três Sombras, de Cyrill
Pedrosa, e Wolverine: Arma X, de
Chris Claremont e Barry Windsor-Smith.
A ilustração do póster é da autoria da Carla Rodrigues (A Garagem de Kubrik, Zona), com design por Hugo Jesus.
Observações: Tendo participado na realização do TCC quase desde o início, embora em
certos anos mais activo que noutros, este ano (e doravante) observei tudo de
fora e gostei das escolhas que o excelente grupo de jurados reuniu. Contudo, sinto
a falta de alguns títulos e autores, certamente do gosto do público menos especializado (a que o TCC também se dirige, não obstante concorde com a
doutrina de se fazer uma paralela instrução ao separar aquilo que é bom do que é apenas popular, para assim trazer aos leitores outras valias e realidades
editoriais ou autorais que eles podem não conhecer). Álbuns como Asteroid Fighters 2, Cinzas
da Revolta, Leonardo Coimbra e os
Livros Infinitos, Love Hole, para
não falar das opções na colecção Heróis
Marvel, e de autores como Pedro
Pires, regressado à BD com 4 álbuns, mais Nuno Plati e Filipe Andrade,
incluídos em Homem-de-Ferro: Extremis, entre os muitos mais que se podia
destacar…
Mas não há espaço para tudo e os dados estão lançados. Urjo-vos a participar na votação – têm o boletim neste link!
Mas não há espaço para tudo e os dados estão lançados. Urjo-vos a participar na votação – têm o boletim neste link!