02 novembro 2013

Correio da Manhã: Ilustrações | Illustrations

Concluindo o post de ontem, partilho ilustrações editoriais feitas para a secção Crime do jornal nacional Correio da Manhã, há alguns anos. Confesso que o aspecto do desafio foi estimulante, recebendo-se o ‘briefing no final da tarde e tendo cerca de 3-4h para enviar o trabalho final, mas as realidades cruas e macabras que se é chamado a ilustrar …mexem com o “sistema” de qualquer pessoa sã.

Alterei um pouco a finalização, para que o traço não fosse comprometido pelo formato e porosidade do papel de jornal, e não me aventurei muito com os tons, que gradualmente testei, indo do liso ao mais modelado.



Completing yesterday’s post, here are the editorial illustrations made ​​for national newspaper Correio da Manhã’s (aka Morning Courier) Crime section, from a few years back. I confess the challenging aspect of it was exciting, getting the briefing in the evening and having about 3-4h to send in the final work, but the raw and macabre realities that one’s called in to illustrate ...can mess with any sane person’s psyche.

I changed the finishing of it a bit, so that the inking wasn't compromised by the print size and paper porosity, and also didn't venture too much on tonings, which I gradually tested from flat tone to a bit more modelation.

2 comentários:

  1. Daniel
    Como eu entendo a angústia (por um lado) e o desafio com adrenalina (por outro) de um ilustrador posto perante uma situação, apenas descritiva, para a ilustrar em poucas horas.
    Também eu fui submetido a estes testes, com muita frequência, para o jornal "O Crime", quase sempre à última hora, por vezes em fecho de edição, para poder ser apresentado o "boneco" ainda sem a reportagem. Um telefonema, um e-mail, duas ou três linhas, o suficiente para poder "criar" a situação, naturalmente carregada das tais "realidades cruas", que o Daniel refere.
    A par disso, ainda mantinha a página semanal - porque de um semanário se tratava e ainda o é - dedicada a um qualquer criminoso português, passado ou presente.
    As suas ilustrações - para ser sincero - dispensem fotografia. São excelentes.

    Santos Costa

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    1. Olá Santos. Obrigd por vir comentar! Realmente, é como diz… Além dos desafios inerentes (a que não sou estranho, em publ.) e apesar de o ter feito episodicamente, fica a sensação conflituosa de se tirar valias profissionais da tragédia pessoal doutros; suponho que o mesmo se dê com jornalistas de guerra, por expl. Não é agradável, não obstante sejam os ditos “ossos do ofício…”

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