Concluindo o post de ontem, partilho ilustrações editoriais feitas para a
secção Crime do jornal nacional Correio
da Manhã, há alguns anos. Confesso que o aspecto do desafio foi
estimulante, recebendo-se o ‘briefing
no final da tarde e tendo cerca de 3-4h para enviar o trabalho final, mas as
realidades cruas e macabras que se é chamado a ilustrar …mexem com o “sistema”
de qualquer pessoa sã.
Alterei um pouco a finalização, para que o traço não fosse comprometido pelo formato e porosidade do papel de jornal, e não me aventurei muito com os tons, que gradualmente testei, indo do liso ao mais modelado.
Alterei um pouco a finalização, para que o traço não fosse comprometido pelo formato e porosidade do papel de jornal, e não me aventurei muito com os tons, que gradualmente testei, indo do liso ao mais modelado.
Completing yesterday’s post, here are
the editorial illustrations made for national newspaper
Correio da Manhã’s (aka Morning Courier) Crime section, from a few years back.
I confess the challenging aspect of it was exciting, getting the briefing in the evening and having about
3-4h to send in the final work, but the raw and macabre realities that one’s
called in to illustrate ...can mess with any sane person’s psyche.
I changed the finishing of it a bit, so that the inking wasn't compromised by the print size and paper porosity, and also didn't venture too much on tonings, which I gradually tested from flat tone to a bit more modelation.
I changed the finishing of it a bit, so that the inking wasn't compromised by the print size and paper porosity, and also didn't venture too much on tonings, which I gradually tested from flat tone to a bit more modelation.
Daniel
ResponderEliminarComo eu entendo a angústia (por um lado) e o desafio com adrenalina (por outro) de um ilustrador posto perante uma situação, apenas descritiva, para a ilustrar em poucas horas.
Também eu fui submetido a estes testes, com muita frequência, para o jornal "O Crime", quase sempre à última hora, por vezes em fecho de edição, para poder ser apresentado o "boneco" ainda sem a reportagem. Um telefonema, um e-mail, duas ou três linhas, o suficiente para poder "criar" a situação, naturalmente carregada das tais "realidades cruas", que o Daniel refere.
A par disso, ainda mantinha a página semanal - porque de um semanário se tratava e ainda o é - dedicada a um qualquer criminoso português, passado ou presente.
As suas ilustrações - para ser sincero - dispensem fotografia. São excelentes.
Santos Costa
Olá Santos. Obrigd por vir comentar! Realmente, é como diz… Além dos desafios inerentes (a que não sou estranho, em publ.) e apesar de o ter feito episodicamente, fica a sensação conflituosa de se tirar valias profissionais da tragédia pessoal doutros; suponho que o mesmo se dê com jornalistas de guerra, por expl. Não é agradável, não obstante sejam os ditos “ossos do ofício…”
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